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Tabelas para Certificação no SIGEF

Tabela do SIGEF INCRA

Dominando as Tabelas do MT-GIR para Atuar com Segurança no SIGEF

 

O Georreferenciamento de Imóveis Rurais é uma etapa técnica fundamental para a regularização fundiária no Brasil. Para garantir a certificação junto ao Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), do INCRA, é indispensável que os profissionais compreendam e apliquem corretamente as exigências contidas no Manual Técnico de Georreferenciamento de Imóveis Rurais (MT-GIR, 2ª Edição).

Entre os pontos mais sensíveis desse processo estão as tabelas que definem os métodos de posicionamento aceitos, os tipos de limites e os tipos de vértices. Esses elementos orientam tanto a execução do levantamento em campo quanto o correto preenchimento da planilha ODS, documento obrigatório para submissão ao SIGEF.

Neste artigo, resumimos e explicamos essas informações em três tabelas práticas: Tipos de Vértices, Métodos de Posicionamento e Tipos de Limites com suas Precisões Permitidas. E, ao final, respondemos uma dúvida comum entre os profissionais da área: como classificar limites inacessíveis. Também trazemos uma sugestão prática para quem deseja aprender tudo isso utilizando o QGIS.

 

Tabela 1 – Tipos de Vértices

CódigoTipo de VérticeDescriçãoResumo
MMarcoVértice materializado fisicamente em campo com marco geodésico identificado.Ocupado e Materializado.
PPontoVértice obtido por métodos precisos em campo, mas sem marcação física em campo.Ocupado e não materializado.
VVirtualVértice definido por métodos indiretos ou gráficos, como projeção, paralela ou sensoriamento remoto.Não ocupado e não materializado.

 

Tabela 2 – Métodos de Posicionamento

CódigoMétodo de PosicionamentoAplicaçãoTipo de Vértice
PG1Relativo estáticoLimite Artificial ou NaturalM, P
PG2Relativo estático-rápidoLimite Artificial ou NaturalM, P
PG3Relativo semicinemáticoLimite Artificial ou NaturalM, P
PG4Relativo cinemáticoLimite Artificial ou NaturalP
PG5Relativo a partir de códigosLimite NaturalP
PG6RTK convencional / RTPPPLimite Artificial ou NaturalM, P
PG7RTK em redeLimite Artificial ou NaturalM, P
PG8Differential GPS (DGPS)Limite NaturalP
PG9Posicionamento por Ponto Preciso (PPP)Limite Artificial ou NaturalM, P
PT1PoligonaçãoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT2TriangulaçãoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT3TrilateraçãoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT4TriangularteaçãoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT5IrradiaçãoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT6Interseção linearLimite Artificial ou NaturalM, P, V
PT7Interseção angularLimite Artificial ou NaturalM, P, V
PT8AlinhamentoLimite Artificial ou NaturalM, P
PT9Estação LivreLimite Artificial ou NaturalM, P
PA1ParalelaLimite Artificial ou NaturalV
PA2Interseção de RetasLimite Artificial ou NaturalV
PA3Projeção TécnicaLimite Artificial ou NaturalV
PS1AerofotogrametriaLimite Artificial, Natural ou InacessívelV
PS2Radar aerotransportadoLimite Artificial, Natural ou InacessívelV
PS3Laser scanner aerotransportadoLimite Artificial, Natural ou InacessívelV
PS4Sensores orbitaisLimite Artificial, Natural ou InacessívelV
PB1Base cartográfica com precisão conhecidaLimite Artificial, Natural ou InacessívelV
PB2Base cartográfica sem precisão conhecidaLimite Artificial, Natural ou InacessívelV

Legenda das siglas:

  • PG – Métodos GNSS (Global Navigation Satellite System)
  • PT – Métodos Tradicionais (Estação Total)
  • PA – Métodos Auxiliares (projeções e construções geométricas)
  • PS – Métodos de Sensoriamento Remoto
  • PB – Métodos Baseados em Cartografia

 

Tabela 3 – Tipos de Limites e Precisões

Tipo de LimiteDescriçãoPrecisão Máxima Permitida
Limite Artificial (LA)Cerca (LA1), muro (LA2), estrada (LA3), vala (LA4), canal (LA5), Linha ideal (LA6) e não tipificado (LA7).0,50 m
Limite Natural (LN)Rios e córregos (LN1), cumeada (LN2), grota (LN3), crista (LN4), pé de encosta (LN5) e não tipificado (LN6)3,00 m
Limite InacessívelÁreas alagadas, de mata fechada, reserva ou acesso proibido (qual é o código de limite inacessível?)7,50 m

Dica importante: Quando o limite for uma linha ideal (LA6), ela deve, sempre que possível, ser representada por vértices materializados do tipo M, conforme orientação do manual. A justificativa técnica deve ser apresentada quando isso não for possível.

Como Classificar Limites Inacessíveis?

Embora os limites artificiais e naturais estejam diretamente representados com códigos (LA e LN), os limites inacessíveis também são reconhecidos pelo Manual Técnico. São utilizados quando o acesso físico ao local é impraticável, como em áreas:

  • Alagadas;
  • De mata densa;
  • De preservação permanente;
  • Com risco ambiental elevado.

Para esses casos, o manual orienta o uso de métodos indiretos, tais como:

  • PA3 – Projeção Técnica: utilização de distâncias e ângulos a partir de documentos ou desenhos técnicos;
  • PS1 a PS4: sensoriamento remoto (imagens aéreas e orbitais);
  • PB1 e PB2: base cartográfica como referência.

A precisão máxima permitida para esse tipo de limite é 7,50 metros, mas sempre que possível, recomenda-se adotar métodos que permitam precisão melhor que 3,00 metros, como forma de atender pelo menos ao padrão mínimo para Limite natural não tipificado (LN6).

 

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✅ Como usar o plugin GeoINCRA para geração automática de memorial descritivo e planilha ODS;
✅ Como interpretar corretamente as tabelas do manual do INCRA;
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